quinta-feira, 14 de junho de 2012

Brasileiro e a mania de não aceitar sua inferioridade

Não há o que comparar e não há com quem comparar. Lionel Messi é, disparado, o melhor jogador do mundo, e isso quase é uma unanimidade. Menos para parte de uma nação: o Brasil. 

Nós, brasileiros, sempre criticamos os nossos hermanos por serem arrogantes, de não aceitarem seus defeitos e não diminuirem sua empáfia. Mas estamos diante de um fato no mínimo curioso. Parte da imprensa esportiva, de profissionais da área e da torcida que acompanha futebol, ainda tenta comparar o jovem atacante Neymar com o talento de Messi. 

Futebolisticamente falando, o santista é um talento em potencial: jovem, habilidoso, famoso...mas não é um Messi. Nem chega perto.  Só que não ver um atleta tupiniquim sequer entre os melhores do mundo dói no coração da nação cinco vezes campeã mundial. 

Neymar pode ser prejudicado por ciúmes de parte dos brasileiros
Acho que essa comparação esdrúxula é mais em função de ego ferido, de não aceitar que não somos os melhores do mundo faz tempo e que o reinado do futebol hoje está nas mãos (ou melhor, nos pés) de um argentino. Isto é o que faz motivar essa atitude. 

Antes do Mundial de Clubes de 2011, onde jogariam Santos x Barcelona, o técnico Émerson Leão afirmou que Neymar era igual a Messi e que, segundo o treinador, tem o talento igualitário ao atacante do Barça. E o resultado que vimos foi totalmente outro...

Messi bate recorde atrás de recorde. Joga como nunca, em alto nível, ganha todos os títulos e agora está finalmente achando seu lugar no Seleção Argentina. Para mim, já entra nos cinco maiores jogadores da história, por tudo que fez, faz e que pode fazer. 

Neymar não. Claro que não se deve minimizar seu talento, nem suas conquistas. Nunca. Seus feitos são elogiáveis e ele poderá sim ser o melhor do mundo algum dia. Mas  hoje há um abismo gigantesco separando o brasileiro do argentino. Enquanto houver essa comparação por puro ciúme, Neymar vai sair prejudicado sem ter culpa.

O brasileiro precisa perceber que não é demérito aceitar que Messi é hoje o melhor do mundo e um dos melhores da história. Mesmo sendo argentino.

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