quinta-feira, 5 de julho de 2012

Borges e Martinuccio. Sejamos coerentes com o Cruzeiro

Cruzeiro acaba de contratar o atacante Borges, vindo do Santos, e o meia argentino Martinuccio, que pertence ao Fluminense, mas estava emprestado ao Villarreal da Espanha. Na teoria seriam dois reforços pontuais para que o time possa almejar algo maior no Brasileirão. Mas devemos ser coerentes...

Da mesma forma que as críticas foram direcionadas sobre as contratações de Ronaldinho Gaúcho, Jô e Victor feitas pelo Atlético-MG, elas devem se repetir neste caso, pois senão estaríamos entrando em total falta de coerência.

Borges e Martinuccio: têm de ser encarados como incógnitas.
Os três citados não vinham em boa fase, num momento sombrio de suas carreiras. Ronaldinho ainda mais: não jogando absolutamente nada, se envolvendo em escândalos e tendo que conviver com atrasos de salários. Jô com problemas disciplinares e falta de bom futebol. E Victor não atua em grande nível há dois anos praticamente, tomando frangos e sofrendo falhas constantemente. 

No caso de Borges e Martinuccio a história se repete. O atacante não precisa provar que é um bom centroavante, mas não vem sendo aproveitado no Santos. E a artilharia do Brasileirão do ano passado é seu único trunfo e argumento para este ano. Mas vamos lembrar que Josiel, Dimba e Rodrigo Fabbri também foram goleadores da mesma competição. Borges vem amargando uma fase terrível, ficando no banco de reservas, e quando entra não vem correspondendo. Ao contrário de que foi sua carreira. 

Já Martinuccio é um meia que surgiu como um foguete no Peñarol, vice-campeão da Libertadores de 2011, e se apagou como um rojão, logo depois. Não vingou no Fluminense, foi emprestado ao Villarreal, que foi rebaixado para a segunda divisão do Espanhol. A dúvida é: será que Martinuccio é tudo aquilo que apresentou no time uruguaio, ou foi só fase e seu futebol é esse de hoje em dia?

Teoricamente, tanto Borges quanto Martinuccio, são bons nomes para o elenco Cruzeirense. Mas são incógnitas. Bem como o trio atleticano. Portanto, sejamos coerentes, não é?

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Overdose de Timão

Antes de mais nada, não estou secando o Corinthians em detrimento à antipatia que o clube carrega perante outras torcidas. Muito pelo contrário. Confesso que até torço mais pela equipe paulista hoje que pelo Boca, por causa, principalmente, de torcedores brasileiros que cismam de ser hermanos. 

Pois bem, o que me espanta é que a programação quase toda da TV Globo hoje é em função da grande final da Libertadores. Desde o Bom dia Brasil até as novelas. A emissora está no seu direito, há anos o seu futebol cai na audiência e o oásis é o Corinthians e seu bando de loucos na final do mais importante torneio das Américas.

Site globoesporte.com com sua temática corinthiana.
Existe alguma preocupação se as outras torcidas estarem gostando ou não? Evidentemente não. Globo pensa em seu próprio sustento, não importando opiniões alheias. Se tiver 43 pontos na audiência, não há o que se preocupar. Patrocinadores felizes, empresa feliz. Este é o contexto.

Corinthians hoje é o produto que mais alavanca o ibope global. E é um nicho de mercado interessante para buscar novos investimentos. A partir do ano que vem, o Timão - juntamente com o Flamengo - irá receber quase o triplo dos direitos de transmissão de outras equipes. E a tendência é que o império do futebol brasileiro se potencialize em dois times. 

Os executivos da emissora pouco se importam se o Brasileirão vire um novo Campeonato Espanhol. Vendendo as cotas e os anunciantes confiantes, a roda gira, o lucro vem e no fim todos vivem felizes para sempre.

Mas isso me faz torcer contra o Corinthians? Confesso que deveria...